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Mineradoras começam a enxergar o capital natural de forma diferente e melhor.

Atualizado: há 5 dias

É preciso materializar a sustentabilidade socioambiental e desmaterializar as operações de produção


A indústria de mineração, assim como qualquer outra, depende do capital natural para ter acesso aos recursos materiais e estabelecer os seus fluxos econômicos, sociais e de geração de valor às partes interessadas, que por sua vez, desejam cada vez mais um negócio saudável, e sustentável ambiental e financeiramente, olhando as gerações futuras.


Os impactos atuais causados por mineradoras que ainda não tem uma gestão adequada de sustentabilidade, aceleram a perda de recursos naturais, ampliam as modificações do clima e acabam gerando um grande risco para a viabilidade de projetos de capital. É preciso aprender a enxergar o que é sustentabilidade do ponto de vista de geração de valor socioeconômico e não somente como gestão ambiental e de saúde e segurança, que atualmente refletem a maioria das práticas de gerenciamento destes processos, mas que não respondem mais às novas demandas globais de utilização dos recursos naturais.


Dois instrumentos interessantes de conhecer são o Relatório Planeta Vivo do Fundo Mundial para Natureza (WWF) e o Relatório da Plataforma Intergovernamental de Política Científica sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), onde apontam que aproximadamente 75% da superfície da terra está modificada e que algo em torno de 66% dos oceanos estão sofrendo impactos severos, onde mais de um milhão de espécies serão extintas neste século, somente como consequência das alterações climáticas, salvo sejam tomadas medidas urgentes de contenção, paralização e reversão.


Em alerta para os movimentos globais de sustentabilidade, as mineradoras reavaliam seus posicionamentos e relações com a natureza e toda a sua cadeia de valor, organizando e estruturando uma governança e um gerenciamento que cuida e fornece clareza sobre a exposição das operações a riscos, impactos e oportunidades de sustentabilidade, eliminando aplicações de recursos financeiros destrutivos em prol dos que restauram, protegem e geram valor aos seus clientes, acionistas e sociedades.


As mineradoras que saírem na frente das melhorias dos processos de governança e gestão integrada de sustentabilidade, terão certamente uma grande vantagem competitiva no mercado transoceânico de minérios, principalmente, EUA, China e Europa. É preciso que as empresas iniciem sua materialização financeira de sustentabilidade, bem como a desmaterialização das suas operações, visando o pleno atendimento aos requisitos legais e normativos que estes mercados estão gradativa e rapidamente criando e implantando, globalmente e localmente, só assim será possível manter os atuais contratos de fornecimento de minérios bem como a celebração de novas vendas e novos contratos futuros.


Um movimento muito importante que as mineradoras comprometidas com a sustentabilidade começam a se envolver e a aprender como agregar valor aos seus negócios é o rápido e crescente envolvimento e comprometimento das organizações e instituições financeiras que passaram a defender o capital natural de maneira positiva e irrevogável. A uns dez anos atrás, quem avaliou e tratou isto em seu cenário, projeto de capital ou planejamento estratégico ? Não mais os governos que criam pressão sobre as empresas, pelo contrário, as empresas pressionam os governos para que isso seja obrigatório, dentro de condições e facilidades como políticas, tributação e outros que proporcionem investimentos amplos na pauta e agenda global de sustentabilidade, gerando ainda mais riqueza e qualidade de vida.

Inovação e melhoria das práticas e avaliações de projetos de mineração, visando o equilíbrio entre os sistemas econômicos, a utilização adequada dos recursos naturais e o atendimento às necessidades da sociedade hoje e no futuro, vão além dos atuais processos tradicionais de investimentos de capital em mineração, como: estudo de viabilidade técnica - EVTE, Estudos de Impacto Ambiental - EIA e as análises de riscos (análise preliminar de riscos - APR e estudos e perigos e operabilidade / Hazard and Operability Study - HAZOP), já não mais contemplam as demandas de sustentabilidade futura. Além de novas leis, políticas e normas outras demandas sociais pressionam as mineradoras e indústrias de maneira geral em relação ao pleno atendimento aos requisitos de sustentabilidade global, relacionados às atividades de mineração.


É fundamental que as mineradoras tenham o seu Plano de Sustentabilidade Projetada, para que possam obter meios de mensuração e controles alinhados, necessários e suficientes.





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