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As cidades estão doentes!

Foto do escritor: Adalberto NascimentoAdalberto Nascimento

Atualizado: 9 de out. de 2023

E nós somos os cuidadores ! Ou causadores ?


O metabolismo socioeconômico das cidades há tempos vem sendo de forma migratória em função dos impactos ambientais sofridos pelas sociedades. Toda vez que as reações naturais da terra restrigem o avanço e o crescimento tecnológico e econômico, impactando as coisas que gostamos e valorizamos, as pessoas e organizações se mudam de lugar e se adaptam à nova realidade de sobrevivência, sem muita preocupação em como ficaram o solo, os materiais e a energia que foram exploradas e utilizadas pelos sistemas e atividades humanas de produção.




As atuais reações e mudanças ambientais globais junto as sociedades, considerando o fator da relação causa e efeito, são, em sua maioria, consequências causadas pelas atividades humanas neste mesmo ambiente, ou seja, há claramente o entendimento e a percepção de que as cidades se modificam quando os sistemas ecológicos não mais satisfazem os modelos de produção e afetam diretamente o sistema de crescimento econômico, estruturado e colocado pelos países desenvolvidos.


Este efeito devastador se agrava na medida em que os países em desenvolvimento precisam se adequar a estes sistemas econômicos e de produção impostos pelos países ricos, tendo que equilibrar os fatores ambientais estruturantes como cultura, pessoas, tecnologia, recursos, políticas, instituições e outros, uma vez que precisam consumir muito mais energia, água e materiais para se posicionar e sobreviver neste contexto.


É visual a dificuldade que os países em desenvolvimento tem para estarem vivos nestes cenários, onde há um crescimento desordenado, sem planejamento, negligenciando a recuperação dos sistemas ecológicos e fazendo uso indevido dos recursos disponíveis na natureza. Enquanto os países desenvolvidos focam a melhoria da qualidade de vida, os países em desenvolvimento se preocupam em proporcionar condições básicas de vida à sua população, com acessos mínimos e suficientes a alimentos saudáveis, água potável, infraestrutura, saúde e trabalho.


Tratar problemas globais com entendimentos locais é um equivoco, pois já se sabe que há uma correlação forte entre a velocidade e quantidade do crescimento populacional com as mudanças e reações globais do planeta, alavancadas pelo uso do solo e suas alterações e impactos na biodiversidade.


Déficit Ecológico


Considerando que as cidades sobrevivem e se sustentam pela apropriação de áreas e recursos naturais existentes e que elas ocupam e exploram terras muito maiores do que a sua área urbana, não é difícil entender que a conta não fecha, ou seja, há um desequilíbrio, um déficit ecológico claro, pois, não são considerados, na grande maioria dos projetos e realizações das atividades humanas, qual é a quantidade de terra produtiva e de águas diversas, necessárias para repor e renovar o que foi ou será consumido da natureza, em função da velocidade de crescimento da população e suas consequentes retiradas e degradações ambientais.

Uma agenda que nos motiva muito

Nos últimos anos venho me dedicando muito aos estudos sobre as crises globais que estamos vivenciando de sustentabilidade e sobrevivência humana. ESG e SGI fazem parte destas reflexões, uma vez que ambos sistemas vem sendo intensamente discutidos e melhorados, além de serem as tecnologias complementares e de base fundamental, do ponto de vista da governança ambiental, social e econômica, olhando o futuro.


Pessoalmente, assumi o compromisso de fazer alguma coisa pelo futuro, integrando e compartilhando tecnologias e conhecimentos com propósito de ajudar e colaborar com a convocação global para desenvolver estratégias, programas e projetos, alinhados aos objetivos mundiais de sustentabilidade e desenvolvimento de cidades, indústrias e sociedades. Tenho uma gratidão enorme em poder fazer parte de grupos de debates e estudos de alto nível, aprender e poder ensinar junto a organizações, profissionais, associações, tutores e instrutores fantásticos!

Convido a todos vocês a se engajarem à agenda 2030 junto conosco. Temos o propósito ético e comum de ajudar a construir um futuro melhor para os nossos filhos e netos. Vamos juntos, discutir, estudar, criar e co-criar inovações culturais, tecnológicas e econômicas em benefício da nossa sociedade. Conecte-se, vamos juntos!


Um abraço.

Adalberto




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