Governança ambiental, Marketing Ambiental e Responsabilidade Social
Nos agrupamos em diversos formatos e organizações para criações de produtos e serviços para melhoria da qualidade de vida das pessoas, seja um hospital, um comércio, uma escola ou uma usina siderúrgica, por exemplo. E para demonstrar que estamos em compliance, por foça de lei ou não, emitimos relatórios, publicamos diversos fatos e ações e mantemos uma relação próxima com autoridades e órgãos regulamentadores daquele setor. Desta forma, a indústria se posiciona e demonstra para a sociedade o que, como, quando e quanto ela está agregando de valor às partes interessadas.
Divulgar imagens e relatórios empresariais de ações que envolvam os processos e as operações econômicas, sociais e ambientais não é novidade, pelo contrário, diversas organizações em todo o planeta já cuidam de alguma forma destas três dimensões, no entanto, observa-se que mantendo os atuais modelos de produção industrial e de governança e gestão dos recursos naturais e financeiros, considerando os crescentes níveis de consumo muitas vezes de forma desequilibrada e com alto impacto ambiental e social, dificilmente teremos a disponibilidade destes recursos, olhando a sobrevivência das pessoas em um futuro próximo.
Muito mais do que tentar passar a imagem de uma empresa que pratica os princípios da Sustentabilidade, com amplitude global ou localmente, por meio de entrevistas, fotos, publicações, doações ou outros, a efetividade real desta postura empresarial só pode ser percebida pelas partes interessadas por meio dos resultados (fatos e dados) da qualidade de vida humana, pela capacidade de suporte do local ou da Terra onde ocorrem as explorações de recursos e materiais e pela melhoria do desempenho e performance econômica, ambiental e social, considerando inovações e novas tecnologias junto aos processos e atividades de redução, eliminação e equilíbrio entre fatores críticos de sucesso como por exemplo: a exploração de recursos naturais renováveis e não renováveis, os aspectos ambientais, o consumo de energia, de água e de matéria-prima, da inclusão e diversidade para igualdade social, da redução ou eliminação da contaminação e poluição ambiental, da redução do volume de resíduos diversos, da redução de custos indiretos e diretos dos produtos e, também muito importante, da revisão e mudanças dos processos de serviços de engenharia para um novo design de projetos de capital, com foco na economia circular e na sobrevivência futura.
Quantificar e rastrear fluxos de materiais, energia e resíduos através do sistema socioeconômico não é mais uma questão de desejo, acreditar, refletir ou ficar só observando. É preciso agir agora e modificar os processos de governança dos Sistemas de Gestão Integrados - SGI, dos padrões de engenharia e design dos projetos de capital, da materialização ambiental, social e financeira, da adequação e do alinhamento da infraestrutura industrial e social para o ESG - Governança Ambiental e Social, por meio do desdobramento de Objetivos e Metas de Sustentabilidade - ODS e do cumprimento das agendas de compromissos com a sustentabilidade local e global. Só assim a indústria poderá potencializar a sua capacidade de geração de valor futuro para sociedade.
Gestão das Matérias-Primas: talvez seja o maior desafio do segmento de metais e mineração para bater metas rumo à transição energética.
No atual cenário global ou local, a indústria terá que preparar e se adequar para atingir desempenhos positivos e rastreáveis em relação aos seus índices de sustentabilidade e este fator deve impulsionar a busca pela exploração pelas matérias-primas. Olhando para as três faces da sustentabilidade (meio ambiente, social e econômico), talvez o maior desafio do setor metalúrgico e mineral nos próximos anos será apresentar performances para transição energética, onde este terá obrigatoriamente que inovar e redesenhar suas estratégias de crescimento nos mercados onde atuam. Não há mais volta.
Como este setor é altamente intensivo em capital e, portanto, produzem resultados no longo prazo, é fácil observar a efetiva trajetória pelos riscos políticos, econômicos, de aumento de preços e inevitáveis impactos em toda cadeia de energia e materiais, considerando também que a demanda tende a ser maior que do que a oferta, em função do crescimento da população mundial. Diretamente associada a este movimento, a volatilidade dos preços dos recursos gera muita incerteza em todos os grandes projetos de capital necessários para a produção de bens de consumo. Não há como evitar estes riscos, então é preciso decidir pela implementação de um bom Plano de Sustentabilidade Projetada.
Desafio ou Oportunidade ?
Considerando o aumento da demanda pelas matérias-primas de grande volume que é o caso do cobre (eletrificação) e o níquel (veículos elétricos a bateria), por exemplo, as matérias-primas de aplicações específicas como o Lítio e o Cobalto para baterias, Telúrio para aplicações em paneis solares e o Neodímio para imãs permanentes para geração eólica e veículos elétricos, também terão sua procura alavancada pela transição energética. Matérias primas como o aço principalmente, tem uma função estruturante para as novas tecnologias que demandam infraestrutura e materiais adicionais para caminhar em direção à economia circular.
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